Calendoscopiando a Alma!

"todo poema é uma aventura planificada" (C.L.)


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quinta-feira, 1 de julho de 2010

A bússola do caminho


Todos os dias acordamos e nem todos os dias, ás vezes, parecem ser novos dias! 
Mesmas roupas, mesmo trabalho, mesmas obrigações, mesmas responsabilidades! Rotina Ingrata!
É o que muitas vezes pensamos!Queremos muito novidades! E muitas vezes estamos tão afundados na mesmice que se um fósforo é aceso é o que basta para nos entregarmos ao desconhecido! Mas será mesmo que a solução é externa? Será mesmo que uma simples faísca é capaz de nos levar a lugares estranhos,  chegando mesmo a nos trair? É tão fácil assim negar a nossa essência? 
Tenho uma resposta clara: SIM.
Independente do propósito, ou do que é necessário para que nos percamos no caminho, nos perdemos. E reencontrar a saída certa nem sempre é seguir os extintos, ou a luz! Muitas vezes precisamos parar aonde estamos, lá dentro da caverna. E olhar para o que mais negamos ou evitamos: O nosso coração. Esquecer as tradições, esquecer as filosofias, as convicções que alimentam o nosso ego convencido, esquecer os dogmas, religiões, ceitas, credos, religiosidades, ensinamentos de família e amizades, cientificismos e racionalidades. Se formos pensar, tais coisas nos tornaram quem somos, mas não quem erámos antes de aprendê-las. Quando nascemos não achavámos que precisávamos de tanto, para nos sentirmos humanos. Bastava observar. bastava estar no mundo. Bastava responder aos estímulos do que ao redor de nós estava: A natureza do mundo. 
E quando chegamos neste lugar a paramos para pensar, nem vamos em frente nem voltamos para trás, queremos e precisamos voltar a essência de nós. Então paro nesta caverna, ou neste outro lugar que estou. Paro e me sento. Esperando. Observando. E contemplando a beleza do que sou. Olhando para o meu coração. Abrindo os olhos do meu coração e deixando que a música entre em mim. A música das plantas a nascerem, a música da chuva que cai, a música das formigas a passear, a música daqueles que passam, a música da vida. E essa música posso chamar de Deus. 
Busco esta música da minha essência. E que é mais leve do que qualquer experiência em livros ou em palestaras das mais diversas. Essa música já nasceu em mim. Já nasceu em você. Já nasceu em nós.
Escrevo para ser lida, mas não há públicos e sim  a corações. E antes de tudo escrevo para mim mesma, como desabafo de alma errante, que está se construindo e não cessa de tentar e ir. Ouvindo esta música, pura, deste coração. Como quer que ele esteja, ferido, cansado, indeciso, ainda assim posso ouvi-la e busco-a, mas do que qualquer faísca ou truque de mágicas. Pois o que há em mim não posso negar por muito tempo. Vou!

entre sem bater....

"Se o amanhã é um mistério, porque me preocupo tanto com o que ainda virá? É tão rara a calma de um olhar. Ao conversar com Deus, dobro os meus joelhos, sinto uma brisa suave. É onde encontro esta calma, este momento de alegria, que vai além de um instante, durará eternamente em mim." (Ana Catarina Braga)

Quem Vem de Lá?

Ela... Poesia concreta.. feita por mim... por nós... por quem surgir..."O que não sei dizer é mais importante do que o que eu digo." (Clarice Lispecto)