Caminhei ao longo desses dias por uma cidade nova. Uma cidade que possuia um cheiro que não era familiar. Me joguei nesta cidade. Conheci os pontos não turísticos. As ruas pouco frequentadas. Os locais poucos conhecidos. Acredito que é assim que se conhece a alma de um lugar. Indo pelos atalhos e não pelos caminhos oficiais. Me perdi algumas vezes. Me encontrei em outras. No começo manteve-me onde era mais familiar e próximo da casa que estava. Meu ponto de referência. Mas na medida que conhecia as outras pedras do caminhos e os nativos da região fui me sentindo mais a vontade. Fiz daquele lugar um lar por 10 dias. Deixei as coisas com a minha cara, com o meu jeito. Interferi na paisagem e nas vidas que passei a pertencer. E que passaram a ser parte de mim. Esta viagem foi louca em alguns momentos. Queria achar algo lá. Mas mais uma vez fui surpreendida. É que tenho essa mania de não programar os dias. A não ser os inevitáveis. Porque precisamos de algumas programações. Um roteiro prévio, nem que seja na mente. Se sai do roteiro também é bom. É o chocolate que não conhecia o sabor. Fui! E agora no avião estou voltando para casa. Voltando para a Bahia. Conheci de toda gente um pouco. E conhecerei muito mais. Me poupando de exposição demasiada. Ou de embriaguez desnecessária é claro. Jogando o corpo no mundo. E sabendo que se iniciará uma nova análise antropológica na próxima página. Agora é zona de turbulência, apertar os cintos e me preparar para chegar!
Até brevissímo companheir@s de viajem!
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