Calendoscopiando a Alma!

"todo poema é uma aventura planificada" (C.L.)


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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Ela: o mar




Linda menina de sorriso fácil
Com você eu perco o traço
Sua alma é como o mar

Venho desta forma lhe explicar
Através do meu olhar
O que vejo ao te tocar

Você é como o mar,
Profunda em suas ideais
Calma em tempos de sol
Insana em tempos de fúria

Muitos navegantes já morreram,
Em você naufragados,
Outros encontraram o tesouro
Bem no fundo do mar...

Você pode ser misteriosa
E ter passado por muitos perigos
Porque sei que no mar há de tudo:
animais predadores
e muitos peixinhos coloridos...

Seu coração é como uma pérola,
forjada pelas  pedras mais duras
Saiu esta escultura que é você

Me dominou com esse sabor de maresia
Me deixou espantado com sua sabedoria
E então peguei meu barco para fazer a travessia
E chegar ao seu coração, te amar.

Ouvi histórias sobre suas águas perigosas,
De tantos que já pediram passagem
Para chegar em seus destinos...

Me disseram que em você muitos se esqueceram,
de onde estavam, e até mesmo quem eram
Mas o risco é o que me move e entendo
Que em nesta aventura o que importava
Era o mar, amar!

E assim eu fui, ergui o mastro, icei as velas,
E na trajetória cantava uma canção
para animar meu desejo de te achar.

Assim dizia a música
que fiz para me guiar:
Te amo menina-mar,
Te amo,  quero te namorar
E com você fazer um castelo de areia com
Todas as cores que há....

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Eles, reflexão...




Não sei aonde foi que eu perdi a mão para arriscar dizer de verdade o que sinto. Agora me resumo a repetir palavras e deixar que a cegueira das ideias mornas dominem a minha vida. Em minha mente uma luta sagaz se faz e desfaz buscando a saída... Aonde estou afinal?
Estou aqui sentada em minha mesa de trabalho, mas uma vez esperando as ideias virem a mente para que enfim eu consiga dizer. Mas estou de mau, estou triste. Forço, desenrolo as ideias e nada... A mente não se arrisca...
Parece que por dentro perdi a rima. Mentindo para mim mesma, dizendo que tudo caminha para um fim... Que fim? o fim das coisas nelas mesmas....
Lá fora trovões e raios, os homens riem e os anjos choram... Uma platéia esperando por algo e eu nem sei falar essa língua... Porque mesmo perdi tanto tempo com questões medíocres?? Medíocre eu sou!?
E afinal aqui não é o lugar ideal... eu deveria cuidar de outras coisas... Me diga???
Não era assim? Eu fui eu falhei... eu voltei e tentei seguir meu destino... certa de que não tenho certeza alguma sobre o que quero ser e dizer a vc que insiste em me ouvi... Vai! Arruma as malas e saí! Vai ver o mundo... vai embora dessa casca... Sai da casinha segura, arrisca tudo no jogo de cartas da vida... No final a gente nunca perde só aprende que outros fins veem para justificar os meios de nós! Menos de Nós!? Sempre!
O sangue que arde na veia... na véia meia de algodão furada por tantas vezes que tentei calçar o que não cabia em mim... Agora sim... a chuva começa sinto os pingos na testa e o gosto da água que cai sobre mim... sinto a liberdade de poder seguir, pisando nas pedras, mas sentindo flores nos pés... olhando para a cidade com suas feridas abertas, mas vendo as florestas cheias de surpresas concretas e mistérios sem fim...

Arde em mim...



Arde em mim um desejo calado
Arde em mim um sabor de chuva
E quando me vejo ardendo tanto me espanto:
Por quê?

Tentei ser tão concisa, Tentei ser careta
Tentei dizer meias certezas
E afirmar o que não se podia ser....

E então dominei o barco,
Cai do salto, errei o passo
E me refiz....

Pude olhar quem sou,
O pelo menos o concreto sabor do chão
Eu senti...

E deixei enfim arder todo o desejo de mim...

Sinto tanto...




Sinto tanta coisa em mim...
Sinto que sinto tanta falta de você...
Sinto o destino, instinto de nós!

Sobram tantas mentiras em um mundo oco,
Sobra tanta falta de amor que eu pereço...
Sobra o desespero de uma lágrima calada
Sobra a música das suas palavras...

Falta tanto sorriso em tardes de domingo
Falta tanto jeito de dizer quem sou...
Falta o que me foi dado...
Falta o que já é seu...

Sei lá.... Nos falta amor...



entre sem bater....

"Se o amanhã é um mistério, porque me preocupo tanto com o que ainda virá? É tão rara a calma de um olhar. Ao conversar com Deus, dobro os meus joelhos, sinto uma brisa suave. É onde encontro esta calma, este momento de alegria, que vai além de um instante, durará eternamente em mim." (Ana Catarina Braga)

Quem Vem de Lá?

Ela... Poesia concreta.. feita por mim... por nós... por quem surgir..."O que não sei dizer é mais importante do que o que eu digo." (Clarice Lispecto)