Calendoscopiando a Alma!

"todo poema é uma aventura planificada" (C.L.)


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sábado, 15 de março de 2008

Movimentos Convergentes...




Nas nossas vidas vemos movimentos diferentes. Eles
podem ser paralelos, indiferentes, inertes. Todos estes
movimentos são importantes, mas o mais importate é
sempre o movimento que nos faz andar em nossas vidas.
Quando nos não possuimos um objetivo na vida, todos os
movimentos podem nos parecer caoticos e mecanicos, mas
quando atingimos um ponto que precisamos de um objetivo
para viver, os movimentos se tornam convergentes.

Hoje vejo minha vida tomando movimentos convergentes.
Por que isso? Por que possuo objetivos. Quais e o tamanho
deles não interessa, e sim o valor intrinseco que os mesmos
possuem na nossa jornada. A convergencia desses objetivos
se torna um efeito em cascata, que desenrola em algo
sempre diferente e novo. A experiencia da convergencia é
de suma importancia para todos, e todos ja experimentaram
isso pelo menos uma vez. Qual é o sentido da convergencia??

Não sei, mas sei que ela é o proposito final dos objetivos.
Procuro saber o porque da convergencia, mas o melhor não
é saber, e sim sentir e seguir o fluxo fluido...



Chicão faço suas as minhas palavras...

que assim seja...

Amém!

Sentir...

caminhamos toda manhã a procura de algo que só conhecemos
no final do dia.
Buscamos no outro o que em nós seria uma utopia.
velejamos por mares nunca dantes navegados, mas sobre uma canoa de
madeira oca.
Agente nunca sabe aonde se mete até se meter em algo.
agente não vê o ar, não vê o amor, não ver a dor...
pra que?
Todos sentidos de forma vital...
Buscamos respostas mas nos esquecemos que primeiro temos
que fazer as perguntas...
Queremos a solução mas não resolvemos ou achamos o problema...
Buscamos opiniões para pular o precipício sabendo que no fundo há um tesouro
escondido, mas se demoramos demais em pular porque estamos inseguros,
o tesouro torna-se uma poça de lama fétida e suja.
Não podemos deixar as oportunidades passarem, e temos sempre que cultivar
e cativar o que queremos ou quem queremos ao nosso lado.
Achamos que o amor é feito de provas , mas não!
Ele é feito de convivência, de confiança e de riscos.
Não adianta querer saber se vai dar certo se não tentar....
Mentir para se mesmo é a pior mentira...
Mas amar alguém é uma boa saída.
A espera as vezes parece angustiante mas sabemos que ela é
algo precioso.
Espero, mesmo cheia de ansiedade espero.
só não quero que o que espero escorra como agua
por entre os dedos...
Só sei sentir, e quero muito isso
então a chance é de me permitir e ir a luta do que e de quem quero
para mim!

Outro Mundo


é que as vezes agente acorda e não se sente no nosso mundo.
Aí levantamos da cama e abrimos a porta que insiste em fazer zoada.
Pronto! Lá vem a D. Realidade.
Seria bem mais comodo estarmos aonde deveríamos estar, mas, quero sempre estar em outros lugares. Não adianta me fechar, não adianta ocupar minha mente com questões fúteis.
Preciso de um copo de realidade, com uma pitada de chão concreto para nunca mais ter a ilusão que posso me machucar.
"Eu quero a sorte de uma amor bandido", eu quero o sabor do desconhecido, mesmo sendo perseguido pelo vilão do "não tentar". Eu quero mesmo é me perder neste bar chamado ilusão,
que me motiva a tomar copos de realidade e de vez em quando me percebo a respirar.
Talvez não seja ilusão, seja só uma distração, a esperança me tenta a tentar.
Para meu amigo Batman.

terça-feira, 11 de março de 2008

VIDA:


QUE SIGA...
COMO UM RIO....
QUE NUNCA PARE DE SER...
E QUE POR DIVERSOS CAMINHOS...
QUE SAIBA ONDE PISA...
MAS QUE DE VEZ EM QUANDO SE PERCA...
PARA VOLTAR A DIREÇÃO QUE ACHA CERTA...
QUE DURE UM SEGUNDO....
OU UMA TARDE INTEIRA DE DOMINGO...
QUE VOE PELO CÉU...
LIVRE COMO BORBOLETAS...
QUE SEJA LONGA EM BEIJOS, ABRAÇOS,
SORRISOS, COMPREENSÃO, AMOR,
AMIZADES, FILHOS, DESEJOS, SONHOS,
ASSOPRAR DE VELAS,
PERDÃO E HUMANIDADE....
MAS QUE SEJA CURTA EM
CINISMOS, INDIFERENÇAS, DUREZAS,
EGOÍSMO, MALDADE, VIOLÊNCIA E DESTRUIÇÃO...
que SEMPRE TENHA BILHETINHOS AMARELOS NA CABECEIRA DA CAMA,
PARA NOS FAZER LEMBRAR DO OUTRO E DE NÓS EM INDIVIDUAL, EM CONJUNTO,
EM PLENITUDE...
QUE SEJA SEM FUMAÇA, SEM VÍCIOS NOCIVOS E CHEIA DE TESÃO....
SEM FOME OU MISÉRIA,
MAIS CHEIA DE CÂNTICOS E BRINCADEIRAS DE CRIANÇA...
QUE SEJA APAIXONANTE E INTENSA...
NUNCA PERFEITA,
NUNCA DEMAIS,
COM ERROS E ACERTOS,
COM ENGANOS, E DE VEZ EM QUANDO ALGUMAS LÁGRIMAS
E DIFICULDADES....
CHEIA DE BRILHO NO OLHAR...
E LADEIRAS INTERMINÁVEIS...
QUE SEJA SIMPLESMENTE
VIDA...

para aquele que balança o meu coração...


O QUE ESCREVO É PARA VC QUE QUANDO ME VÊ ABRE UM SORRISO
E FALA: "HUMM COMO VC TÁ BONITA..."
ISSO É PARA VC QUE ME FAZ ACREDITAR NA PUREZA E NA INOCÊNCIA QUE PODE EXISTIR ,
ATÉ MESMO NAS PESSOAS MAIS OBSCURAS
É PARA VC QUE DE VEZ EM QUANDO ( ÀS VEZES ESQUECE, HEHEHE) ABRE A PORTA DO CARRO PRA MIM
E ME MANDA UMA MENSAGEM DE FIM DE TARDE, PARA ME FAZER LEMBRAR QUE OS PEQUENOS DETALHES FAZEM MUITA DIFERENÇA...
É PARA VOCÊ QUE FAZ CARA DE CHORO QUANDO ALGUMA COISA INCOMODA...
È PARA VOCÊ QUE É FORTE MAS AS VEZES FICA MEIO INDECISO, E AI SE DEIXA GUIAR PELO CORAÇÃO...
É PARA VC QUE É PURA RAZÃO MAS BASTA EU DIZER UMA BOBAGEM QUE ABRE UM SORRISO DOCE...
É PARA VC QUE VIVO DIZENDO PRA MIM MESMA QUE NÃO GOSTO MUITO E SÓ QUEM SABE DE NÓS É A VIDA....
MAS GOSTO DE VC TANTO QUE AS VEZES DÁ DOR DE BARRIGA....
EU, QUE NUNCA SOU BOBA, BESTA DO SEU LADO PAREÇO UMA MENINA DO JARDIM DE INFÂNCIA...
ISSO É MUITO, É TUDO PRA VOCÊ, QUE NEM PRECISA RETRIBUIR O QUE ESCREVO BASTA SEGURAR
MINHA MÃO, ENXUGAR MINHAS LÁGRIMAS,DE VEZ EM QUANDO , E DIVIDIR MUITOS E MUITOS SORRISOS...
TE ADORO ...
UM BEIJO...

terça-feira, 4 de março de 2008

SAPATOS VERMELHOS



A LENDA DOSSAPATOS VERMELHOS

Era uma vez....
.... uma menina pobre e sozinha, tão pobre que nem sapatos tinha. Ela morava em uma cabana, na floresta, e seu grande sonho era ter um par de sapatos vermelhos. Por isso, foi guardando todos os trapos vermelhos que encontrava, até que conseguiu fazer um par de sapatos vermelhos de pano.Ela adorava seus sapatos, usá-los fazia com que se sentisse feliz, mesmo tendo que passar os dias procurando frutas e nozes para comer, no bosque solitário onde vivia.

Um dia....
.... ela estava andando por uma estrada, quando passou uma velha muito rica, em uma carruagem dourada. A velha parou ao lado da menina, e disse "vou leva-la para minha casa, e cria-la como minha filha". Pobre e sem esperanças, a menina aceitou o convite e foi morar na casa da velha senhora.Ao chegar, os criados lhe deram banho, pentearam, cortaram o cabelo e vestiram com roupas novas e muito bonitas. Animada com as coisas novas, a menina nem se lembrou dos trapos que usava, nem do seus adorados sapatinhos vermelhos. Quando, passados alguns meses, perguntou sobre eles aos criados, foi informada que a senhora havia jogado tudo no fogo, dizendo que as roupas eram imundas e os sapatos eram ridículos.A menina ficou muito triste, porque adorava os seus sapatinhos vermelhos. Além disso, a vida nova tinha perdido todo o encanto. Ela era obrigada a ficar sentada, quietinha, o dia todo. Não podia comer com as mãos. Não podia correr ou pular, ou rolar na grama. E, quanto mais o tempo passava, mais falta ela sentia de seus lindos sapatinhos vermelhos. Mais importantes eles se tornavam.

O tempo passou...
...e chegou o dia de ser crismada - porque a velha senhora era muito religiosa e fazia questão de que a menina recebesse esse sacramento. Essa era uma grande ocasião para ela, que queria que a menina se apresentasse impecável na igreja. Costureiras foram chamadas para fazer o vestido. E a senhora levou a menina a um velho sapateiro aleijado, que era considerado muito bom, para fazer um par de sapatos novos para a ocasião especial.Na vitrine do sapateiro havia um lindo par de sapatos vermelhos, do melhor couro. A menina escolheu os sapatos vermelhos, e a velha senhora, coitada, que enxergava tão mal que nem podia distinguir as cores, deixou que ela os levasse. O velho sapateiro, conivente, piscou para a menina e embrulhou os sapatos.A entrada da menina na igreja, no dia seguinte, foi um escândalo. Todos olhavam para os sapatos vermelhos da menina. Como alguém podia se apresentar para a crisma com uns sapatos tão indecentes? A menina, entretanto, achava seus sapatos mais lindos do que qualquer coisa.Quando chegou em casa, a tempestade estava armada. A velha senhora, que havia ouvido todos os comentários maldosos, proibiu a menina de usar novamente os tais sapatos."Nunca volte a usar os sapatos vermelhos"!, ordenou, furiosa.A menina, entretanto, estava fascinada pelos sapatos. No domingo seguinte, quando foi a missa de novo, colocou os sapatos - e, novamente, a velha senhora não percebeu de que se tratava, pois enxergava muito mal.Na entrada do templo, havia um velho soldado ruivo, com o braço enfaixado. Ele se reclinou em frente à menina, dizendo "posso tirar o pó de seus lindos sapatos"? A menina, toda orgulhosa, deixou que ele o fizesse. Enquanto limpava os sapatos, ele disse para a menina "não se esqueça de ficar para o baile", e cantou uma musiquinha alegre.Novamente, se repetiu a desaprovação de todos dentro da Igreja. A menina, fascinada com seus sapatos, nem ligava. Não escutava a missa, não via ninguém. Só olhava para seus lindos sapatos vermelhos.Na saída, o velho soldado disse para a menina "que belas sapatilhas para dançar". E a menina, mesmo sem querer, começou a rodopiar ali mesmo.

Sem parar...
...ela continuou dançando, dando voltas, fazendo piruetas. Todos corriam atrás, assustados. O cocheiro da velha senhora tentou alcançá-la, mas foi em vão. Finalmente, um grupo de pessoas conseguiu segurá-la, e o cocheiro arrancou os sapatos vermelhos, com grande dificuldade, dos pés da menina.Ao chegar em casa, a velha senhora guardou os sapatos no fundo do armário, e disse para a menina "agora me ouça, nunca mais use esses malditos sapatos vermelhos". A menina, entretanto, não conseguia parar de pensar nos sapatos. Muitas vezes abria o armário, e ficava espiando os seus lindos sapatinhos vermelhos.Algum tempo depois a velha senhora adoeceu. A menina, que já tinha que se comportar e ficar quieta, agora tinha que andar na ponta dos pés pela casa, para não perturbar. Estava enjoada, entediada. E não resistiu.


Abriu o armário...
... e pôs nos pés os sapatos vermelhos. Imediatamente, começou a dançar, rodopiar, bailar. Era como se os sapatos a guiassem. Eles a levavam, dançando, para onde queriam. E assim ela saiu de casa, dançando, e atravessou a propriedade, dançando, e chegou na floresta, dançando.Na entrada da floresta, estava o velho soldado que havia encontrado na porta da igreja no dia da crisma.Ele estava encostado em uma árvore, e a saudou, repetindo "puxa, que lindos sapatos para dançar"! E lá se foi a menina, dançando, atravessando campos e cidades. Exausta, tentava, vez por outra, arrancá-los. Mas não conseguia.Dançando, dançando, dançando, foi-se a menina pelo mundo. Tentou entrar em uma igreja para se benzer, mas o sacristão disse-lhe que não poderia, pois seus sapatos eram malditos. Tentou se aproximar de alguém, mas a maioria não queria ajudá-la, com medo de sua maldição. E os poucos que o faziam não conseguiam arrancar os sapatos malditos dos seus pés.Por fim, exausta, a menina procurou o carrasco de uma aldeia, e lhe implorou que cortasse os sapatos. O carrasco tentou, mas não conseguiu. Desesperada, a menina disse "então corte-me os pés, não posso viver dançando". O carrasco, penalizado e implorando perdão a ela e a Deus, cortou seus pés, com lágrimas nos olhos. E os seus pés, com sapatinhos vermelhos e tudo, continuaram dançando, dançando, dançando, pelo mundo afora.

Agora, a menina era uma pobre aleijada...
... e teve que aprender a viver dessa maneira. Sem sapatos vermelhos, e trabalhando como criada.

entre sem bater....

"Se o amanhã é um mistério, porque me preocupo tanto com o que ainda virá? É tão rara a calma de um olhar. Ao conversar com Deus, dobro os meus joelhos, sinto uma brisa suave. É onde encontro esta calma, este momento de alegria, que vai além de um instante, durará eternamente em mim." (Ana Catarina Braga)

Quem Vem de Lá?

Ela... Poesia concreta.. feita por mim... por nós... por quem surgir..."O que não sei dizer é mais importante do que o que eu digo." (Clarice Lispecto)