Calendoscopiando a Alma!

"todo poema é uma aventura planificada" (C.L.)


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sexta-feira, 29 de julho de 2011

O Fim




Não há crime no silêncio
Não há justificativas sem palavras
Não acredito que chegarei neste lugar
Não há volta quando se define uma escolha

E nunca estamos prontos
 Para o que fomos
Ou para o que (quem) teremos
 Que deixar para trás

Você pode até mudar sua mente
Mas não pode mudar seu coração
E esse é o preço que se paga por crescer
E por querer seguir suas emoções

A razão quer ditar as regras
Mas hoje só queria tocar as estrelas com você
E rir como se não tivesse nada a perder
Você me faz entender que não há limites

É como um sorvete de chocolate
É como um beijo de boa noite
Só dura um instante
Até que decide ir embora...
E foi, e nunca mais
É sua sentença final...

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Solidão Amiga



Solidão estado de plenitude
Onde a alma se basta
Onde o silêncio domina
A madrugada sagrada das coisas findas...

Um coração calado...
E um pouco cansado...
Esperando uma flor do mato,
Para despertar em mim um sorriso...

Eu não desisto..
Tenacidade na cidade...
Das lágrimas perdidas...
Sou mesmo solidão...

Faça-se real para mim...
Me diga  o que há além do que se vê...
A solidão não é ruim
É só você versos você!

Quanto se pode suportar?
Eu sigo em me conhecer...
Em me identificar...
Na solidão me fortaleço,

Nela também me desespero
E recobro a consciência...
A solidão me dá certezas
De que aqui dentro sou segura
De que minha alma é minha amiga

Há muito mais entre as flores escolhidas...
Entre o aqui e o que se inclina
Nas balaustradas desta vida.
Solidão minha amiga, vamos dormir.

APRENDER - (William Shakespeare)

Depois de algum tempo você aprende a diferença,
A sutil diferença entre dar uma mão e acorrentar uma alma,
E você aprende que amar não é apoiar-se
E que companhia nem sempre significa segurança,
E começa aprender que beijos não são contratos,
E presentes não são promessas.

E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e os olhos adiante,
Com a graça de um adulto, e não com a tristeza de uma criança
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje,
Porque o terreno de amanhã é incerto demais para os planos,
E o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.

Aprende que falar pode curar dores emocionais
Descobre que se leva anos para construir uma confiança
E apenas segundos para destruí-la.
E que você pode fazer coisas em um instante,
Das quais se arrependerá pelo resto de sua vida.

Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer
Mesmo a longa distância,
E o que importa não é o que você tem na vida,
Mas quem você tem na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.

Aprende que não temos que mudar de amigos
Se compreendermos que os amigos mudam,
Percebe que o seu melhor amigo e você
Podem fazer qualquer coisa ou nada
E terem bons momentos juntos.

Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que o ame
Não significa que esse alguém não o ame com tudo que pode
Pois existem pessoas que nos amam
Mas simplesmente não sabe como demonstrar ou viver com isso.

Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém
Algumas vezes você tem que aprender a perdoar a si mesmo
Aprende que com mesma severidade com que você julga
Você será em algum momento condenado.

Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido,
O mundo não pára para que você o conserte,
Aprende que tempo é algo que não pode voltar para trás,
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma,
Ao invés de esperar que alguém lhe traga flores..


.Ps: Aprendi com o Will

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Pés descalços




Minha mente se perde em olhares intensos
Minha mente somente mesmo quando ante a verdade
E porque é mesmo que agente nunca sabe onde anda essa tal liberdade
Parece que a liberdade é como ave que hiberna para longe do desejo
Para um lugar deserto, aonde mora a vontade

Ah! Se o teu amor encontrasse o meu! O meu mundo seria o afeto
E não importaria o significado dos seres incertos ou dos tempos da mocidade
Nada mais importaria se em teus braços eu fizesse o meu ninho
Pois lá seria o lugar que muitos buscam e não entendem, 
mas que chamo de liberdade!

Sim, a distancia entre o deserto e o amor é a saudade
De que me valem tantas rotas precisas, tanta futilidade
No final da estrada, seja qual for, a gente equaciona o tempo
Joga tudo para o alto, é só vaidade!



Almas Encontradas


Tudo me enlouquece
   E a realidade me parece tão concreta
O surreal às vezes é mais suave
O que não se pode ver é melhor que a verdade
Mas no fundo quem se importa? é tudo sobre liberdade

Basta acreditar no ser
Quer mais liberdade que isso?
Dê asas aos seus instintos.
Seja um porto seguro de si mesmo
E se entregue aos seus loucos devaneios

Deixe emergir seus sonhos enterrados
E se desapegue do passado
Não é certo ou errado
Só seu eu, seu caminho

 Se envolva em um beijo,
Aprofunde-se neste louco estado
O estado das poesias inacabadas...
  Liberdade de almas encontradas


(escrito por Guilherme e Ana Catarina)

A menina e o passarinho


Eu quero voar mas não posso
Eu quero sair mas não é tempo
Eu quero te deixar para trás mas não consigo.
Eu quero! E é tão duro lutar comigo.

Sou meu pior inimigo,
Sou minha destruição
Se dou vazão ao ego e a dor
que tantas vezes invade sem querer...
É quem sou! é tão sobre mim!

E como passarinho que não conhece outro caminho
Eu fico aqui solto...
E tão preso em seus dedos,
Em seus cabelos,
Em seu coração tão sincero

E aos seus grandes olhos de amor...
Aqui eu fico, e aqui eu me encontro,
Quando me perco do mundo
Quero ir, mas aqui estou. Ao seu dispor.
Para onde vamos amor?

Ser será?



Sou como a bala que voa no ar
mas não escolhe a direção
Sou como a noite negra que chega
E domina de lágrimas de seu coração
Sou fera, sou ela, ou elas...
A depender da intenção!

Sou tantas, sou gabriela,
Sou maria, sou todas e não sou nenhuma...
Sou Ana, sou ama, quem te deseja,
Quem te pega e te sequestra
Em meio aos seus pensamentos,
Lá estou.

Te pertubo, te dou paz,
Te encho de orgulho e te faço tempestade
Sou sua doença e sua cura,
Sou a pura luta que sobrevive em seu pulsar...
Sou mesmo quem sou
E assim não posso te negar!
Fui, serei, será?

Sacia-me


(copiada de:http://putamerdajohn.blogspot.com)


Há em mim uma necessidade de dizer.
Escrever é como um grito de alma calada
É como um desabafo que dialogo comigo mesma
É como um espelho que sintetiza as minhas emoções
E tudo o que vivi se pode sentir em meus escritos...

Acredito que há almas que nascem com esta necessidade
A vontade de escrever que pulsa entre as veias,
Cheias de tinta de caneta, Cheia de lágrimas e sorrisos...
Escrever é como fome, é como sede é como sono...
Não posso sobreviver sem dizer o que se passa aqui.

Não escrevo para ser lida, isso é consequência...
O mundo que eu vivo já me exige tanto...
Não vou castrar-me com objetivos precisos
Quando faço o minha carta suicida, a minha poesia bandida...

Posso ser triste e estar alegre, posso ser alegre e estar triste
Aqui nestas linhas me permito ser livre...
Me permito ser simplesmente...
E a vontade me envolve e me domina...
Por isso escrevo, para desabrochar a alma menina...

Lugar Qualquer



Aonde mesmo é que eu estou?
Minha alma de poeta não encontra saídas...
Tudo o que acredito não tem nenhum significado,
Se não há por quem esperar acordada,
Por quem suspirar nas madrugadas...

Os amores passaram,
Os carnavais estão sem vida,
Sem significado é esta noite negra
Onde a lua se esconde e fico só...
Não há companhia, não há alegrias...

E aonde mesmo é que eu estou?
Em meio a tanta melancolia e saudade...
Sinto falta do que não vi, e do que esqueci de viver...
Sinto falta do eu que se foi no caminho.

Aonde mesmo que eu estou?
Tão longe de mim, Tão perto do fim...
Em um lugar qualquer...
Ao léu, ao véu que desvenda os olhos vermelhos...
Quente são as lágrimas, de uma alma solitária...

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Reflexões recorrentes




Aonde mesmo eu fui parar?  Essa é a pergunta mais frequente em minha vida. Sei que sempre estou em algum lugar entre o ontem e o amanhã. Mas sendo mais concreta o "aonde eu fui parar" nem sempre tem as resposta na hora que se faz a pergunta. Chego a conclusão de que não estamos em um mundo de ciências sempre exatas. E no final, agente não entende muita coisa mas, ainda assim, sente a vontade de continuar vivendo. 
Ontem falei para uma grande amiga que seria muito mais simples se apenas nos contentássemos com a natureza do nascer. Mas somos tão inquietos, queremos tanto o desconhecido e anseiamos pelo impreciso que desejamos sempre mais. E assim chego a mais um clichê que faz parte de nós: O nosso desejo pode nos matar ou nos manter vivos. Isso é fato. Pode nos matar, porque as vezes não medimos as consequências da bala, queremos apenas o prazer de atirar. E pode nos manter vivos porque quando algo dá errado e quando todos te dizem: " não você não vai conseguir!", é o seu desejo (e outros fatores, mas estou no foco do desejo aqui) que te impulsionam a continuar, e a não desistir de si mesmo. Afinal, para viver é necessário doses cavalares de coragem. E sempre que possível deixar para trás toda a culpa e medo. 
Viver no " como poderia ter sido se" é uma prisão para nossa alma. Precisamos ser objetivos e viver com o que temos, e somos, no instante agora. Sim, é essencial fazer planos, mas desnecessário e destrutivo " viver nos planos". As vezes também temos que perder a confiança em nós, as vezes também temos que duvidar das nossas escolhas e ações, faz parte da vida, da reflexão do existir. Isso é o " viver é verbo" que a Clarice Lispector nos chama à responsabilidade, em muitos dos seus escritos.  
Nossa natureza é contraditória, e sim somos imprecisos! Não temos o controle de todos os resultados da nossa vida. Se convencer de que temos o controle é um desgaste emocional desnecessário. Constatar os nosso limites e falhas é sinal de que verdadeiramente estamos neste mundo para o que viemos: Aprender a viver. Não pedimos para nascer, mas, já que estamos aqui só nos resta aprender. 
É claro que você pode entender as consequências das suas ações pelo sistema de valores que adquiriu ao longo da vida, pelo que aprendeu com as experiências (suas e dos outros ao seu redor),  e também pelo conhecimento que possui de suas limitações individuais. Mas entender e prever ( ou tentar) as consequências de suas ações é diferente de senti-las e vivê-las. E ai caímos em mais um clichê: Só quem viveu é quem pode dizer como é! 
Diante de todas as reflexões recorrentes chego a alguns momentos: Como posso reconquistar a segurança para que mesmo que não saia como eu quero eu não me frustre demais? Bom. Não sou nenhuma conhecedora da criação de forma tão profunda. Mas sei que não temos como garantir nada. Podemos nos pegar na " independência financeira", na " realização profissional", no plano de construção " de uma família estável" ou na aparente segurança de ser " solteiro convicto" e evitar sofrimentos. Mas nada disso é garantia de nada (mais uma vez repito). A felicidade é como um feixe de luz que escapa dos nossos dedos. 
E viver para buscar a satisfação holística não é certeza de garantir felicidade. Alimentar o nosso ego não nos torna felizes. Podemos ter instantes de satisfação, de desejo saciado, mas isso não é a tal felicidade. 
E o que eu faço? Bom tento não ser feliz. Como assim? Isso é mentira diriam muitos. Mas é verdade. Não buscar a formula da felicidade, o controle de tudo e todos para mim é ser feliz. Porque quando não espero muito, quando não busco tanto,  quando não sinto a necessidade de aprovação, quando percebo que sou fraca e que as vezes minha força não vale de nada deixo de viver na angustia do que não tenho, de quem não consegui ser (de acordo com o que tracei, ou de acordo com o que esperam de mim), e do que não conquistei ( como que queria). E ai sim, sou verdadeiramente feliz porque me pego sendo apenas eu. E isso já é muito grande e, as vezes requer muito trabalho. Então hoje, em minhas reflexões recorrentes, venho dizer que estou tentando o mais difícil para qualquer ser humano: Ser eu mesma! E assim sou feliz demais! 

Amém.

terça-feira, 19 de julho de 2011

A mulher da moldura


Ela tenta nos moldar
Dizer como devemos ser
E em quais caminhos devemos chegar
Ela tenta nos controlar

Em cada novo dia traçando os nossos passos
Seguindo o nosso rastro,
Aonde quer que vá
Ela tenta nos controlar

Sabe o nosso ponto franco
Tenta nos derrubar
E sempre como desculpa
Diz que isso é amar...
Ela tenta nos controlar

Vive em uma moldura
A sua lareira quentinha não quer deixar
Esconde sobre as cobertas a face triste
Com a desculpa de nos observar
A mulher da moldura...

Ela quer nos controlar...
Será?

Coração Coragem



Diga o que for preciso dizer
Não fuja de você mesma
Mergulhe de cabeça...

O dia pode terminar
E você não terá dito o necessário...
Vá! Corra o mais rápido...
Em direção ao alvo
E não deixe frases inacabadas...

O que  ficou por dizer não volta atrás
A vida é louca, do amanhã não sabemos
E sobre cada escolha sua há o peso do seu coração


Nunca desista dos seus sonhos,
Mas ponha sobre ele o peso das consequências...
Vale a pena! Saiba que sim!
E siga sem culpa, sem medo!
Coração Coragem, vale a pena sentir!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Natureza em versos



Me ensina a voar como os pássaros,
Que não  se preocupam com a altura
Ou com a distância dos fios...
Simplesmente pousam,
Descansando em meio a
Latitude  profunda da atmosfera tortuosa...

E em cada piscar de olhos
se revela uma nova cena...
Deste teatro da vida...
Deste palco da criação divina...
De onde não saímos vivos...
Por onde vivemos unidos, dentre tantos outros,
No propósito de respirar...

Me ensina a viver como as formigas
Que sem nenhuma mania ou sina
Caminham sabendo o que precisam levar...
Se preparam para o tempo estranho que virá
E sabiamente sabem  o que e quem devem respeitar...
Me ensina como elas que pela terra aprendem sobre amar...


E em cada piscar de olhos
se revela uma nova cena...
Deste teatro da vida...
Deste palco da criação divina...
De onde não saímos vivos...
Mas por onde vivemos unidos, dentre tantos outros,
No propósito de respirar...


Me ensina a viver como o gato...
Que sabe fazer manhas para conquistar...
E sabe a hora certa de se afastar...
Ainda assim mantendo no peito o desejo de voltar...
São astutos, sabem se virar...
E reconhecem os espaços que devem habitar...


E em cada piscar de olhos
se revela uma nova cena...
Deste teatro da vida...
Deste palco da criação divina...
De onde não saímos vivos...
Mas por onde vivemos unidos, dentre tantos outros,
No propósito de respirar...


Me ensina a viver como gente...
Que a natureza sabe observar...
E com ela aprende tanto...
A ponto de versos,
Poder criar!
Me ensina a sonhar...

entre sem bater....

"Se o amanhã é um mistério, porque me preocupo tanto com o que ainda virá? É tão rara a calma de um olhar. Ao conversar com Deus, dobro os meus joelhos, sinto uma brisa suave. É onde encontro esta calma, este momento de alegria, que vai além de um instante, durará eternamente em mim." (Ana Catarina Braga)

Quem Vem de Lá?

Ela... Poesia concreta.. feita por mim... por nós... por quem surgir..."O que não sei dizer é mais importante do que o que eu digo." (Clarice Lispecto)