Calendoscopiando a Alma!

"todo poema é uma aventura planificada" (C.L.)


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sábado, 29 de agosto de 2009

Janela da Alma





Soprei a vela,
Descanso na janela,
Mãos na soleira ...

Olho lá fora a vida passando,
E continuo caminhando,
Aqui, neste chão...

A vida me traga, me acolhe
E muitas, tantas vezes, me esmaga...
Uma grande imprecisão...

Penteio os cabelos cacheados,
Passo a cor rubra nos lábios,
sapatos altos, Olhos enebriados...

Lavando as mãos, dance comigo
Vamos não tenha medo...
Minha janela é seu abrigo,
Meu coração, movediça de emoção!

Livre


Eu não quero escrever sobre o cliché que envolve o amor,
Por favor livre-me disso meu Senhor...
Eu quero escrever é o do que vivo,
e isso em mim é como ferida pulsante...
Visceral carne de amar...

Olho seus olhos, sinto sua boca,
Doce oceano, pêssego doce...
Me conquista em cada silêncio...
Me toca o corpo, sinos ao vento....

Te quero livre, te quero solto,
Cabelos ao ar, roupa molhada...
E assim em tarde de domingo,
Banho de alvorada....

Tirar a roupa, cair no mar...
Andar à sombra sem nada pra pensar...
Só o seu sorriso a me guiar...
Não, não há frases sobre o amor,

viver é verbo transitivo...
Com você aprendi a não esperar...
A vida me quer agora, vem amor, vem amar!

Menino no Parque





Toca o violão
Desvelando cada emoção
O lamento que desdobra em seu toque
Silente em cada nota...

E assim mata a saudade,
Em um grito rouco de canção
Em uma tarde chuvosa...
Embriagando o coração

O menino se faz homem,
Compondo as rimas
Rimando as notas
Da sua imaginação...

E aquela era a cena,
Onde ao longe eu observava,
O menino e sua notas,
Em seu rostos, doces lágrimas.

Nude


Esses dias fui me despindo das cascas da cebola
Das etapas que compõem a minha essência
E pude ir chegando, enfim,
a essência que há em cada etapa

Olhei o rosto magro que me interrogava no espelho:
Essa é você?
E então respondi o mais sincera que pude: Sim!

Me joguei de novo,
Nesse mundo em alvoroço
Toquei em cabelos castanhos,
Lavei a roupa, clareei o dia todinho pra mim...


vesti as meias, fiz amor com o amor assim.
Cheguei em mim...
Sensação sem igual...
Lá estava eu, o espelho e as cascas:
Nua, afinal!

entre sem bater....

"Se o amanhã é um mistério, porque me preocupo tanto com o que ainda virá? É tão rara a calma de um olhar. Ao conversar com Deus, dobro os meus joelhos, sinto uma brisa suave. É onde encontro esta calma, este momento de alegria, que vai além de um instante, durará eternamente em mim." (Ana Catarina Braga)

Quem Vem de Lá?

Ela... Poesia concreta.. feita por mim... por nós... por quem surgir..."O que não sei dizer é mais importante do que o que eu digo." (Clarice Lispecto)