
O que me torna um ser sem nome?
O que me faz pensar tão longe?
E saber que é tão grande esse vazio?
O que me torna menos humano?
Porque não olho pra o umbigo do outro?
Porque só quero o que me dá prazer?
Porque fecho o vidro,
Viro a página,
Desvio o caminho,
Para fingir que não vi você morrer?
Porque me regojizo em meu churrasco de domingo?
E encho todo fim de semana a cara com os amigos?
Enquanto você me pede um pouco de abrigo
E eu ignoro você?
Não é muito
Não é tudo o que tenho
Mas me custa muito te ver
Porque falta em mim
Um apreço
E sobra um desespero
Da vontade compulsiva de comer....
Você é um nada escuro
Eu me conforto em cima do muro...
Assim, só reclamo de tudo...
Porque no fundo cansei de viver...
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