
Olhei ao redor, senti os desencantos desta vida,
Fiz meu suor molhar com sangue a sua camisa,
E deixei pra trás todo rastro de ternura contida
Vesti a roupa e sai desnuda de mim mesma,
Estive tão perto mais não soube como recebê-la
Bom dia vida, adeus tristeza...
Não há mais frestas na porta do desapego,
Sou tua, na aresta do meu travesseiro.
Engrossei as pernas, peguei o trem,
Passei perfume, e logo que te vi gritei!
Espere por mim! Não chora assim...
Sei que não sou a mesma de quando me apaixonei
Ainda quero tentar mais uma vez...
Não diga não, seu não me traz o silêncio,
Insensatez, te dou meu sim ou meu talvez!
Sou indecisa, sou mulher, sou menina
Dona de tantos por quês!
Aonde agora? Sai do trem...
Cheguei em algum lugar que não sei.
Andei com pressa, procurando seu rosto
A multidão me engoliu... Desgosto...
E quando já a aurora cintilava
Eu estava ali, cabisbaixa, sentada
Você chegou tão afoito
Me viu, correu, deu-me um beijo no rosto
E dos seus olhos lágrimas brotaram
E de cada gota nasceu um novo passo
De cada passo uma flor, um abraço...
Violetas são teus olhos!
Sinceras tuas palavras!
Vamos amor,
Juntos somos mais, somos dois!
Além das lágrimas de estrelas
Acima do eixo, depois da esquerda
Lá é o nosso refugio!
Seu amor: Fortaleza.
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