
Tempos
soturnosMomentos de guerras entre mundos
Bem contra mal
Seres sobrenaturais
Momentos fatais...
E os dois lados em eternas discussões
Cada um com suas próprias questões
Mas és que surge de um grão de mostarda
um menino sujo, nojento
que todos querem se negar a estender a mão
O garoto caminha , em seu olhar solidão
em seu peito perdão, amor , irmãos...
A todos os seres estendia a mão...
Conversa com o tempo....
Com o ar cantava algumas canções...
Correu o mundo, chorou sangue,
Negou a si mesmo, desejou jamais ter existido
E os dois lados poucos se importavam com aquele menino perdido
Estavam ocupados demais com suas angustias...
Inventaram religiões, estados, estruturas, literaturas,
E o menino continuava a caminhar...
Os dias passaram, os anos foram sepultados
E a guerra quando irá acabar?
Não a redenção, são todos ilusão...
E o que sentem? Mas uma criação...
Para negar o menino que passa....
Mas ele vai, cabelo ao vento...
Doçura em seus gestos...
Dúvidas na língua....
Cabeça pensante...
Olhava aqueles seres angustiantes...
Angustiados em si mesmos...
Presos em seus próprios medos...
E em seus infundados desejos...
Errante ele ia...
E muitos o seguia...
Mas tantos não o entendiam...
Alienados que já estavam...
Ele não queria seguidores,
Não queria conquistas...
Dinheiro, amores, posses, terras
Nada disso era seu propósito....
A nada disso estava destinado...
Ele era um ser incompreendido...
E já estava entediado daqueles vícios
Aos quais os dois lados se prendiam...
E se distraiam...
O menino sabia que ele pertencia a uma única magia,
Sabia que o seu destino era amar...
E cultivar esse amor.... Amar a todos....
Sonhar bem alto...
Negar as posses....
Subir os muros....
E tirar a venda daqueles obscuros olhares ofuscados...
Assim ele ia, mais ninguém o ouvia...
Porque era preciso aquecer o coração e estar ligado
Com a essência de sua verdadeira alma: o sorriso sonhado.