Calendoscopiando a Alma!

"todo poema é uma aventura planificada" (C.L.)


Pesquisar este blog

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Violência

No Domingo, dia 27 de Setembro de 2009, presenciei um homem ser baleado a queima roupa. E aquela cena me chocou muito. Não importa como foi toda a história e sim como a violência entrou na minha vida sem que eu permitisse. E o pior que ela não é alguém, então ás vezes sinto que não posso desafia-la, ou dizer na sua cara : Porque?
E essa violência vem tomando proporções sem controle. Acho então que além dela trazer medo e fobias também vem despertando algo ainda mais repugnante que ela mesma: A sensação de banalidade. É, a violência vem se tornando algo banal, cotidiano e apêndice institucionalizado de nossa sociedade. Lá naquela cena os passantes não se assustaram, não se indignaram, ficaram só a admirar a tragédia alheia. E inclusive tirar foto do morto para vender à jornais e programas censasionalistas da Bahia. Procuravam o melhor angulo da cabeça aberta e da cara pálida do cadaver. Acho que se pudessem e tivessem na hora passariam nele até um pó compacto para dar mais um ar de realidade a cena.
Falta de caráter, falta de sensibilidade? Pode até ser . Principalmente, entretanto, houve ali, de forma representativa, uma encenação cotidiana da banalização da violência e de seus tentáculos de intimidação.
Uma senhora me disse: " Era Vagabundo que morreu? Se foi, tem que morrer mesmo, Graças a Deus!". É assim que as pessoas estão se tornando. Frias, sem amor ao outro, ou consideração. É claro que chega a ser uma atitude um tanto quanto altruísta e cristã demais ter piedade e amor a um ladrão ou a um traficante, assim pensa a  maioria. E realmente seria até ilógico, pensa a nossa alma, pelo menos no momento em que se vive um assalto, ou se tem um filho entregue as drogas. O que fazer então? Se o sistema parece falecer a cada dia?

Nenhum comentário:

entre sem bater....

"Se o amanhã é um mistério, porque me preocupo tanto com o que ainda virá? É tão rara a calma de um olhar. Ao conversar com Deus, dobro os meus joelhos, sinto uma brisa suave. É onde encontro esta calma, este momento de alegria, que vai além de um instante, durará eternamente em mim." (Ana Catarina Braga)

Quem Vem de Lá?

Ela... Poesia concreta.. feita por mim... por nós... por quem surgir..."O que não sei dizer é mais importante do que o que eu digo." (Clarice Lispecto)