Calendoscopiando a Alma!

"todo poema é uma aventura planificada" (C.L.)


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terça-feira, 12 de abril de 2011


Diário de Brasilia- Percepções ao acordar. 12/04/2011

Último dia do meu descanso mental e da minha missão espiritual.
Esses dias me fizeram refletir muito sobre mim mesma. Estou mais confiante e segura do que quero e de quem sou. conheci pessoas, andei por lugares e permaneci sendo eu mesma. Viver com máscaras e fazendo tipos não é para mim. Acho que isso dá muito trabalho, não me faz crescer. E só pra constar: Não tenho tempo para isso.
É bom se perceber em meio ao turbilhão de acontecimentos. É melhor ainda saber que não estou perdendo a minha essência, ao longo do caminho. Sei que do momento que se nasce já se começa a morrer, mas não é sobre isto, apenas, que estou pensando hoje.
Penso que é muito louca essa coisa de se doar para alguém e deixar um pouco de si mesma no outro. E claro receber uma porção desta essência, que se percebe em quem se convive. Nestes dias pode absorver muitas essências, muitas ideias, muitos momentos e muitas experiências. Mesmo que o outro só tenha me permitido ir a um certo ponto, aproveitei para conhecer o que me foi permitido. Me diverti, sem pretensões, enquanto conhecia, sentia, chorava e sorria. Simplesmente fui, e aproveitei a paisagem, me permitindo ser.
Me soltei! Saí da gaiola urbana que tenta me tragar, quando estou envolvida na rotina. E hoje, sei que posso voltar e começar de novo. Deixar me envolver no dia a dia, e gostar.
Somos contraditórios, somos bons e ruins. E sempre temos a necessidade de nos afirmarmos e sermos notados. Até mesmo quando não pensamos em ser notados, já estamos fazendo o contrário. O não, também pode ser um sim, depende de quem vê e, principalmente, de quem sente.
Assim, digo sim para a amizade e não para a futilidade, apesar de ás vezes ser futil também. Porque se não me permito ser também um pouco do que não quero, ou do que acho desnecessário, estaria mentindo para mim mesma. Ter atitudes futeis, ou qualquer outra que não nos agrada, é parte de nós, da nossa descoberta. Então, não posso me castrar, não posso me podar. Sei que para isso preciso reconhecer o meu limite, e ir sentindo e permitindo sem me machucar, sem ultrapassar a frágil barreira do que pode me matar.
Mas é bom viver como posso.  Assim, como diz a música dos Novos Baianos:
"Vou mostrando como sou, e vou sendo como posso. Jogando meu corpo no mundo, e pela lei natural dos encontros, eu deixo e recebo um tanto. E passo aos olhos nús, ou vestidos de lunetas. Passado, presente, participo sendo, o mistério do planeta." (Mistério do Planeta- Novos Baianos).

Amém.

2 comentários:

Ricardo Carioca disse...

Foi, continua sendo, um prazer enorme te conhecer. Você é uma figura única, rara. Pensava não haver ninguém mais pra me surpreender. Descobri vc!

Muitíssimo obrigado pelos ensinamentos. Ainda estou os "digerindo". Como uma pirralha pode me ensinar tanto?!

Não posso esquecer das nossas gargalhadas. Você é hilária, me faz rir dormindo!

Um bjão grande!

Chemical Life disse...

Muito bom! Praticamente deixou a história fluir pelas pontas dos dedos... Fortes parágrafos, relatos contagiantes... A magia de escrever está em podermos transmutar através das palavras nossos sentimentos, em criar, em transformar a realidade.

entre sem bater....

"Se o amanhã é um mistério, porque me preocupo tanto com o que ainda virá? É tão rara a calma de um olhar. Ao conversar com Deus, dobro os meus joelhos, sinto uma brisa suave. É onde encontro esta calma, este momento de alegria, que vai além de um instante, durará eternamente em mim." (Ana Catarina Braga)

Quem Vem de Lá?

Ela... Poesia concreta.. feita por mim... por nós... por quem surgir..."O que não sei dizer é mais importante do que o que eu digo." (Clarice Lispecto)