É só escutar que voltamos as lembranças,
É só procurar, e dificilmente achamos...
Não se pode voltar atrás, não se pode escrever de novo...
Não há borracha do ontem...
Só canetas para hoje e uns lápis para amanhã...
E as lágrimas podem dominar,
Muitas emoções, muitas recordações...
Muitas decisões e lutas que foram rompidas...
E esquecidas por nós...
E os anos passam onde os passos ficam,
E as canções não mudam, corroem os ouvidos...
As vistas já não são iguais...
E a água a muito já correu entre nós...
Não há valores aprendidos...
É sempre necessidade explicita
Do guarda roupa, da chave e da vaga do carro...
Da buzina na janela e das flores pelo correio...
Dúzias de expectativas,
Transformadas em neblina...
Porque o que buscamos somos nós,
E as canções já não incomodam...
Tudo ficou para trás...
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