Calendoscopiando a Alma!

"todo poema é uma aventura planificada" (C.L.)


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terça-feira, 16 de setembro de 2008

permissão para entrar





aquela boca que me envolve...

aquelas palavras que me fazem delirar...

aquele olhar tão intenso que me faz calar...


aqueles dias baldios...

aquelas festas a um...

aqueles sonhos sem sentido...


e a entrega vadia do meu coração...


as pessoas não entendem...

caminham paralelo a mim...

nunca estaram aqui dentro...

mas basta eu permitir...


quem terá a chave para me descobrir?

domingo, 14 de setembro de 2008

trilhos do coração






Eu quebrei o meu coração
Tentando entender o amor
Querendo querer o que estava
Fora do meu alcance
E viajando em futuros distantes
Só o que me basta é o agora
Só o que me resta é o hoje
Das coisas que se foram ficam as lembranças
E do que ainda terei as esperanças

Queria poder ir embora e não ter que deixar recado
Mas a vida me pede respostas,
Me pede compromissos,
Me pede relógios
Me pede destinos

São as pessoas andando pelas ruas
As estações
Os dias
Os meses
Tudo vai passando...
Vejo sorrisos,
Vejo beijos,
Abraços...
Mas no fundo nada faz sentido
Se você não está ao meu lado...

Sigo,então, os trilhos deste trem
Que quebrou o meu coração
E agora não tem mais outro jeito,
ter você é a única solução...

distância



me sinto perdida em ilusões...
O meu coração solitário quer se atirar nesse abismo...
sem restrições...

Mas ai te vejo...
Em meus sonhos...
Captura a minha alma...
Vê o meu coração...

As pessoas que amava estão perdidas...
Os referenciais onde estão???
na contra-mão

A vontade de seguir me motiva
mas o medo do que encontrarei
e de como será....
me dá arrepios...
abala o meu coração...


que vida mas louca...
e eu me perco em seus beijos distantes...
em seu corpo que se esvai...

e eu esperando...
pelo talvez, pelo hoje,
pelo sim, pelo nunca mais....

te quero...
desejo seu coração
sua companhia...
Você!!

Mas sei que será difícil...
viver aqui e não te sentir...
querer um beijo...
Um afago...
Ou um abraço de carinho...

te amo!!
E suporto!!
Não sabia que era tão difícil...

Broken...







Evanescence - Broken
Composição: Dale Stewart / Shaun Morgan
Broken feat. Seether

I wanted you to know that I love the way you laugh
I wanna hold you high and steal your pain away
I keep your photograph and I know it serves me well
I wanna hold you high and steal your pain

‘Cause I'm broken when I'm lonesome
And I don't feel right when you're gone away

You've gone away
You don't feel me here, anymore

The worst is over now and we can breathe again
I wanna hold you high, you steal my pain away
There's so much left to learn, and no one left to
fight
I wanna hold you high and steal your pain

'Cause I'm broken when I'm open
And I don't feel like I am strong enough
'Cause I'm broken when I'm lonesome
And I don't feel right when you're gone away '

'Cause I'm broken when I'm open
And I don't feel like I am strong enough
'Cause I'm broken when I'm lonesome
And I don't feel right when you're gone away '

'Cause I'm broken when I'm lonesome
And I don't feel right when you're gone
You've gone away
You don´t feel me here, anymore

a História de Eros e Psiquê!



Num belo dia de outono na Grécia, as pessoas deixaram de prestar culto regular a deusa da divina beleza Afrodite. Abandonaram seu santuário para admirar a extraordinária formosura de uma simples mortal: Psiquê (alma).
Menosprezada pelos homens, que preferiam homenagear uma beldade humana, Afrodite teve um acesso de raiva. E para vingar-se, pede a seu filho Eros (amor) que use suas flechas encantadas e faça Psiquê apaixonar-se pela criatura mais desprezível do mundo.Eros parte para cumprir sua missão. Mas a beleza de Psiquê era tão grande, que ao vê-la, Eros distrai-se e fere-se com uma de suas próprias flechas. Vítima do encantamento em que enredava deuses e mortais, o deus feriu-se de amor. Apaixonado, nada disse à sua mãe; apenas limita-se a convencê-la de que finalmente estava livre da rival. Ao mesmo tempo em que oculta seu sentimento, torna Psiquê inatingível aos mortais terrenos.Embora todos os homens a admirem, nenhum por ela se apaixona, e apesar de infinitamente menos belas, suas irmãs logo se casam com reis. Psiquê, amada por Eros sem que o saiba, a ninguém ama.E porque é uma beleza humana cobiçada por um deus, permanece só.A solidão de Psiquê preocupou tanto seus pais, que foram então consultar o oráculo de Apolo, a fim de buscar auxílio. Entretanto Eros já havia tornado Apolo seu aliado em sua conquista amorosa.
Assim para ajudar Eros, Apolo ordenou aos pais da princesa que a vestisse em trajes nupciais, que do alto de determinada colina uma serpente alada e medonha, mais forte que os próprios deuses, iria torná-la mulher. Embora a revelação do oráculo fosse terrível, o rei e a rainha nada mais poderiam fazer senão cumprir o que fora determinado. Deixaram-na sozinha na colina, aguardando corajosamente seu triste destino. Mas a espera é tão longa que Psiquê logo adormece e até ela chega a suave brisa de Zéfiro, que a transporta para uma planície coberta de flores. Perto correm as águas claras de um regato e mais adiante ergue-se um magnífico castelo. Ao despertar, Psiquê ouve uma voz que a convida a entrar no castelo, banhar-se e depois jantar. No interior do castelo, não encontra ninguém, mas sente-se como se estivesse sendo observada e no jantar doce música a envolve, mas continua só.No íntimo, porém, pressente que, à noite, chegará o esposo que lhe fora prometido, a terrível serpente alada. Realmente, ao anoitecer, chega até ela Eros, protegido pela escuridão. Psiquê não pode ver-lhe o rosto; mas não sente medo, porque seu temor é banido pelas palavras apaixonadas e pelas ardentes carícias do deus. Durante algum tempo Psiquê entregou-se ao amante velado e mesmo sem ver sua face , dedicava-lhe intenso amor.Numa de suas visitas noturnas, Eros lhe faz uma advertência: que se precavesse contra uma desgraça que lhe poderia advir por intermédio das irmãs, que pranteavam-na onde fora deixada e do mesmo modo acrescentou, para evitar a desgraça, não deveria ela jamais tentar ver o rosto do amado. A princesa embora prometesse ambas as coisas, deixou-se arrastar pela tristeza e pela saudade. E tanto chorou e pediu, que Eros consentiu na visita das jovens.
Todavia, esclareceu: reaproximando-se delas, Psiquê estava reatando laços terrenos e constituindo seu próprio sofrimento. Depois, mais uma vez, fê-la prometer o que era de tudo o mais importante: jamais tentaria ver-lhe o rosto. No dia seguinte, Zéfiro levou as irmãs de Psiquê ao palácio, de início foram só as alegrias do reencontro, às perguntas das jovens sobre o marido, porém, a princesa respondeu com evasivas. Aos poucos, o sentimento das irmãs em relação a Psiquê foi mudando, antes choravam supondo-a infeliz; depois, partiram invejosas de sua felicidade. E resolveram vingar-se.Retornando ao castelo por permissão de Eros, dessa vez movidas pela inveja, elas ardilosamente fizeram com que a desconfiança surgisse no coração de Psiquê.Percebendo por suas contradições que ela não sabia realmente quem era seu marido, como então poderia estar segura de que não era o monstro descrito pelo oráculo de Apolo? E, se era realmente belo o jovem, por que se ocultava nas sombras da noite? Invadida pela dúvida e temor, Psiquê acabou aceitando o conselho maldosamente planejado pelas irmãs: deveria preparar uma lâmpada e uma faca afiada: com a primeira, explicaram as moças, poderia ver o rosto do esposo; com a segunda, matá-lo se fosse o monstro.À noite, retorna Eros, ardente e apaixonado como sempre. Enquanto se entrega ao amor, Psiquê esquece o próprio medo e a dúvida, mas depois, quando Eros adormece, a incerteza volta a invadir-lhe o coração. Silenciosa, apanha a lâmpada e ilumina o rosto do esposo, e detém-se deslumbrada: não é um monstro, pelo contrário, é o mais belo ser que jamais poderia ter existido.Arrependida e em êxtase, derruba sem querer uma gota do óleo quente da lâmpada no ombro do amado, ele desperta, sobressaltado, e percebe o acontecido, com profunda tristeza, Eros vai embora. E tentando alcançá-lo Psiquê apenas ouve-lhe ao longe na escuridão: "O amor não pode viver com desconfiança."
Eros volta para junto da mãe, pedindo-lhe que cure seu ferimento no ombro. Mas ao contar o que ocorreu, Afrodite percebe que foi enganada e passa a alimentar apenas um pensamento: encontrar a rival e vingar-se.Abandonada e em desespero, Psiquê põe-se a percorrer o mundo em busca do amor perdido e de templo em templo pede ajuda dos deuses. Sem conseguir auxílio, Psiquê vai à presença da própria Afrodite, na esperança de encontrar com ela seu amado Eros. Mas junto à deusa, encontrou apenas zombaria, e a imposição de uma série de provas humilhantes.A primeira tarefa consistia em separar, até a noite, imensa quantidade de grãos miúdos de diversas espécies. Parecia ser impossível cumpri-la no prazo estabelecido, mas tão grande era o sofrimento de Psiquê, e tão angustiado seu pranto, que despertou a compaixão de formigas que passavam no local, elas rapidamente separaram os grãos por espécies, juntando-os em vários montículos. A primeira tarefa estava cumprida, o que deixou Afrodite ainda mais irritada.Ordenou-lhe que dormisse doravante no chão, alimentando-se apenas de alguns pães secos. Esperava assim acabar com a beleza que lhe arruinara os cultos. A segunda tarefa veio no dia seguinte: deveria ir a um vale cortado por um regato e lá tosquiar os terríveis carneiros do sol que pastavam. A lã desses carneiros era de ouro, e um pouco dela a caprichosa Afrodite desejava para si. Quando já estava exausta de tanto andar e a ponto de suicidar-se, nesse instante de hesitação entre a procura e a morte, Psiquê ouviu uma voz vinda dos caniços à beira do regato: "Não era necessário enfrentar os terríveis carneiros para tentar tosquiá-los, disse a voz; bastava esperar que eles saíssem das touceiras de arbustos espinhosos, quando fosse beber água: nos espinhos ficariam presos alguns fios de lã que poderiam ser facilmente apanhados."
Não satisfeita por mais uma tarefa cumprida, Afrodite incumbiu-a de uma terceira tarefa e ainda mais complicada: teria de subir a cascata que provinha da nascente do rio Estige e trazer à deusa um frasco contendo um pouco daquela água escura.As pedras que davam acesso à cascata eram íngremes e escorregadias, e a queda da água era extremamente violenta. Impossível satisfazer a exigência de Afrodite. Só se pudesse voar Psiquê realizaria a tarefa. Estava já disposta a desistir, quando surgiu uma águia, que lhe tirou o frasco da mão, voou até a fonte e apanhou uma porção do líquido negro. A água do Estige, porém, não saciou em Afrodite a sede de vingança.Psiquê deveria ainda executar uma Quarta e difícil tarefa: ir ao Hades, persuadir Perséfone a colocar numa caixa um pouco de sua beleza. Como pretexto, diria à rainha dos Infernos que Afrodite precisava dessa beleza para recuperar-se das longas vigílias à cabeceira do filho doente. Psiquê partiu, procurando o caminho dos Infernos. Já havia andado muito e sentia-se perdida, quando uma torre , apiedada de sua aflição, ofereceu-se para ajudá-la. Minuciosamente descreveu-lhe todo o itinerário que levava ao reino de Perséfone, mas lhe fez um alerta: "você encontrará pessoas patéticas que lhe pedirão ajuda, e por três vezes terá que escurecer seu coração à compaixão, ignorar seus apelos e continuar. Se não o fizer, permanecerá para sempre no mundo das trevas.Psiquê fez tudo o que lhe indicou a torre, e assim conseguiu chegar à presença de Perséfone. Solícita, a rainha dos mortos atendeu ao pedido da jovem e entregou-lhe a caixa solicitada por Afrodite. Sendo instruída quanto ao caminho de volta, o retorno ficara mais fácil para Psiquê, mas estava longe ainda a hora de recuperar o amor. A próxima prova por que passaria Psiquê não lhe foi imposta pelo ciúme de Afrodite, mas por sua própria vaidade.Temendo que tantas atribulações a tivesse tornado feia, não queria perder o amor de Eros. A tentação foi grande. E Psiquê não resistiu: no meio do caminho, abriu a caixa. Para sua surpresa nada encontrou. Mas tamanho sono a tomou, que ali mesmo caiu adormecida, como se estivesse banhada pela beleza da morte.
Enquanto dormia, Eros, curado de sua ferida, abandonava a mansão materna em busca da amada. Vagou por toda a parte, até que finalmente a encontrou deitada ao relento. Aprisionou o sono que pesadamente lhe cerrava os olhos e recolocou-o na caixa. Em seguida despertou-a docilmente com a ponta de uma de suas flechas. Com grande meiguice chamou sua atenção pela curiosidade que a fizera abrir a caixa. Depois a mandou entregar a encomenda a Afrodite, como se nada tivesse acontecido.
Terminadas as provações de Psiquê, que recuperara o amor, para que nada mais acontecesse à amada, Eros dirigiu-se ao Olimpo para pedir a Zeus que o unisse em casamento à bela jovem. Mas para atendê-lo era necessário que a princesa recebesse o dom da imortalidade. Hermes foi buscar Psiquê e a levou à presença dos deuses. O próprio Zeus deu-lhe de beber a ambrosia, que lhe conferiu a imortalidade, depois a declarou oficialmente esposa de Eros.
Impotente tornara-se o ciúme de Afrodite. Psiquê agora era imortal e estava unida para sempre a Eros. Nada mais podia separá-los. Dessa união nasceu Volúpia.

entre sem bater....

"Se o amanhã é um mistério, porque me preocupo tanto com o que ainda virá? É tão rara a calma de um olhar. Ao conversar com Deus, dobro os meus joelhos, sinto uma brisa suave. É onde encontro esta calma, este momento de alegria, que vai além de um instante, durará eternamente em mim." (Ana Catarina Braga)

Quem Vem de Lá?

Ela... Poesia concreta.. feita por mim... por nós... por quem surgir..."O que não sei dizer é mais importante do que o que eu digo." (Clarice Lispecto)