Calendoscopiando a Alma!

"todo poema é uma aventura planificada" (C.L.)


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domingo, 31 de agosto de 2008

O ser e o outro.. (poema em papel de pão)



Vou andando pela vida
esperando o que não sei
querendo o que não desejei
desejando o que quero..



Sou mulher, menina, Ana e Catarina
toas elas em uma só
moleca por natureza
sentimental por inocência
esperta por inteligência
tudo isso na pretensão de ser-me



E você? querido louco
vive ai musicando eu e todas elas
criando um céu de estrelas
em uma nota musical



Vivendo na loucura de escrever
em papel de bala e de pão tbm..
porque na vida o que vale é o improviso..
o certo do incerto
o gosto do concreto da contradição
e o sabor doce de uma simples amizade



Quero ser sua amiga sempre..
como o céu é do mar..
como Ana e do mar..



(para Wil... lá em SP)



quarta-feira, 27 de agosto de 2008

poema para mim...

Aninha..
moça cheia de graça,
simpatica, divertida,
poeta dos papéis de pães..
dos guardanapos de padaria..
dos brindes em copo de margarina..
Catarina.. exigente, domiadora..
Cantora da voz rouca..
faladeira..
companheira..
pessoa simples de alma branca..
transparente..
fala o que pensa..
das falas "diga ai"..
das outras "entendeu"..
sincera, doidinha ( mas quem nao é? )
Ana Catarina

(de Wil)

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

essas pessoas...






essas pessoas que agente encontra e não vê...
essas pessoas que amamos sem conhecer....
essas por quem perdemos a noite e vemos o dia amanhecer...

são essas que eu não consigo ver...
mas que estão em meu peito sem eu entender o porque...
O acaso é um doce veneno, e um suave antídoto que me delicio
ao beber sempre que preciso...

a vida vem, me sinto bem...
porque sei que mesmo longe você está aqui bem perto de mim...
e você corre, se esconde , e as vezes some...

E depois que eu me dou conta...
nunca saiu de dentro de mim...
sempre esteve aqui...
no enlace desse coração vadio....

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

que cor tem a alma??




quando acordo chamo logo minha alma...
Acorda minha alma!
E ela com cor de marron amolecido vai levantando o meu corpo...

E pelas ruas encontra a alma daquele menino...
cor de por-do-sol...
cor de farol...
cor de Cristo redentor...

E minha alma vai ficando verdinha...
cor de melancia....
sabor de mamão maduro...

Fica cheinha de mar...
de sol...
de ar puro... e brisa salgada...

o cabelo da alma vai ficando azul escuro...
cor do ser profundo...
das profundezas daquele lugar...

mas ai eu me pergunto que cor é sua alma??
e será que alma tem cor?
Não sei....
Mas se quiser posso perguntar:
Alma vem cá?

Menino baldio...




olha o canto do sabiá...
olha o pedido de água...
e mata a sede da boca,
da boca que quer te beijar...


Olha a beleza da vida...
Pega a fruta do pé...
e Conta uma história pra ela dormir...

sonha com um grande amor...

Não conta o tempo...
Não conta o caminhar...
Deixa que as trilhas surjam...
se joga no mundo...
Deixa ele te levar...

Escuta o coração...
Segura com as duas mãos...
E faz teu sonho...
piscar na beleza do olhar...

Corre e chama a gente...
Olha que inocente...
Ele vai pular!


Pulou e caiu de boca...
tomou nos braços a moça...
Sem sentir o dia passar...

seguiu descalço, sem demora pra chegar...

Encontros...




era dia de estrela...
dia de menina correndo pela rua...
cantando o que no peito...
queria voar como passarinho...

era passarinho menino..
era vida vadia...

Dia valoroso
Calorosos encontros
em manhã friorenta.
Valia a violenta vontade
De não ver o dia passar;
De se jogar na areia;
De ser embalado num canto mortal de sereia
Em plena luz do beira-mar...

E a vida seguia...
pelos sorrisos daquelas alegrias...
das manhãs que embalavam os caminhos...
que se cruzavam em esquinas...
em grãos de areia...
em olhares deles...
que andavam sem medo...
do que viria à achar....
os tesouros dos encontros...


(escrita por Marcos e Catarina)

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Sorriso em bocas de borboleta...



aqui na frente da vida...
aqui nesse beco sem saída...
aqui nessa rua cheia de carros...

espectros de pessoas...
desconhecidos...
metrô...
lugar ermo...

esquina de travestis...
bocas vermelhas de batons borrados...

corações partidos...
guiados pelo frívolo vento da banalidade...

dia a dia sem sentido...
rotina que te deixa tão comum...

a cama bem feita com seus lençóis brancos..
e sua pele carmim...
exposta ao sol da manhã cinzenta...

As nuvens de inverno,
As carícias desta estação...
ficaram no mês de Julho...
nos becos do coração...

pedaços de sentimentos...
Escondidos em restos de vinho barato....
E em pontas de cigarros...
Palavras vãs em corações que se acham cheios...

cheios de metrô...
de fumaça...
de poltrona de domingo....
e de faixas de pedestres...

que atropela aquele coração colorido...
que desce a ladeira do desconhecido...
com seu diário nos braços...
querendo encontrar o poema perdido...
Na rua do seu embriagado,bandido, pesar....

Sorriso em bocas de borboleta...

suspiros de menina...

foto de: www.photografos.com.br


os livros velhos na estante...

os discos empilhados na lateral da cama...

os olhos marejados sobre a caixa aberta na frente dela...


A vida no canto do quarto

As borboletas azuis sobrevoando o espaço dos seus pensamentos...

O passarinho menino cantando no seu coração...


A bandeja cheia de canetas...

E os papéis de pão sobre a mesa,

É o sinal de que sua vida tá poesia...

tá melancolia...

tá alegria...



O calendoscópio do seu coração

ta te dando razão de deixar as cortinas abertas...

pra deixar que os cheiro das rosas da primavera

encham a casa da audácia do mundo...


Sua caixa continua aberta,

nelas pessoas,

nelas escritos,

nelas destinos,


E a caixa aberta

E a vida entregue para se querer amar...

E os olhos tão cheios...


De lágrimas...

De desejos...

de Sobejos de beijos...

de abraço de anjo...


Daquele anjo que guia o seu olhar...



gatinhos



não preciso estar todas as horas do dia ao seu lado para saber que te amo...
Sou cruzamento de gata persa, daquela de madame, com gatinha de rua,sei me virar...
Mesmo que meu rosto não disga isso sempre...

Ainda bem que nos amamos assim, você me conhece, sabe o que eu quero,
sabe quem eu sou...

Sou manhosa...
Carinhosa...
Dengosa...

Ma se vem um obstáculo...
Viro gata safa...
sei para onde estou indo...
e apesar de jogar com o destino...
sempre dou minhas cartas...

você não é parte de jogo algum...
é pate do meu coração...
e com ele não brinco...
Ele ta querendo sempre mandar em mim...

Mesmo quando me esquivo...
E ás vezes acho que tem riscos serios...
Que podem não dá certo...

Só que o meu coração é sincero confio nele...
Ele não me trai..
E se ele diz que vc é meu caminho eu caminho com vc...

Eu quero você...
Com suas manias...
Com suas caras e bicos...
Com suas manhas de gatinho...

Te quero assim...
Imperfeito...
E saiba que não tento te consertar...

vc é meu gatinho e eu sua gatinha...
juntos iremos ficar...

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

entre sem bater....

"Se o amanhã é um mistério, porque me preocupo tanto com o que ainda virá? É tão rara a calma de um olhar. Ao conversar com Deus, dobro os meus joelhos, sinto uma brisa suave. É onde encontro esta calma, este momento de alegria, que vai além de um instante, durará eternamente em mim." (Ana Catarina Braga)

Quem Vem de Lá?

Ela... Poesia concreta.. feita por mim... por nós... por quem surgir..."O que não sei dizer é mais importante do que o que eu digo." (Clarice Lispecto)